Figura histórica de Barueri, conhecido pela gentileza e generosidade, foi criado em orfanato e chegou à Aldeia de Barueri aos 14 anos, de onde não saiu mais
Morreu na madrugada de domingo, 6/10, aos 81 anos, Antônio Carlos dos Santos, o Tarzan. Figura histórica da política da cidade, ele foi vereador inúmeras vezes, ocupou a presidência da Câmara e foi vice-prefeito na gestão de Carlos Alberto Bel, de 1988 a 1992.
Conhecido pela generosidade e gentileza, Tarzan tinha entre suas marcas a frase “o amigo de todas as horas”. De acordo com Carlinhos Nascimento, ex-presidente da Câmara que compartilhou mandatos com ele, “foi um vereador que sempre que se pronunciava, era a favor do povo”.
Waine Billafon, ex-presidente da Câmara com quem conviveu, resume o amigo com uma lembrança. “Estava num parque e quando ele me viu, sacrificou um brinquedo que ia dar para um parente e ofertou para minha filha. Esse era o Tarzan. Uma das figuras mais dóceis que conheci, apesar do seu físico avantajado.”
Ao longo de sua carreira política, Antônio Carlos sempre foi bem votado e alcançou sua maior votação em 2008, quando obteve 3.817 votos, número que seria considerado alto mesmo na atualidade.
Ele nasceu em Conquista, Minas Gerais, e foi abandonado pela mãe. Acabou sendo criado num orfanato em Pedregulho, interior paulista. Adolescente, veio para a capital, sem casa nem família, e foi resgatado por um militar, que lhe arrumou um emprego na Fazenda Militar, ao lado da estação Antônio João, quando tinha 14 anos..
Logo passou a morar na Aldeia, de onde não saiu mais. Ou, nas palavras de Carlos Zicardi, outro ex-presidente da Câmara, “um homem que amava demais a sua querida e propalada Aldeia”, lembrando a forma como Tarzan se referia ao bairro que o acolheu.
Foi comerciante, dono de bar e restaurante, tornou-se popular por estar sempre disposto a ajudar a quem precisasse. Entrou definitivamente para a política em 1972, quando foi eleito vereador pela primeira vez, aos 29 anos. Deixou a Câmara em 2016, momento em que se afastou por motivos de saúde.
Antônio Carlos dos Santos deixa a viúva Dejanira Pereira, a Dona Dengo, e os filhos Carlos Aparecido (Pingo), Antônio Carlos (Negão) e Dejanira (Fia). Ele será velado durante o domingo, 6/10, a partir das 10 horas, no velório de Barueri, e sepultado às 15 horas, no cemitério municipal.